QUAL É A TUA FILOSOFIA?


A estupidez? Certamente dirás que não, mais ou menos como a loucura. Ninguém é louco, mas falta hospício. Eu inventei este site...“A estupidez é muito mais fascinante que a inteligência. A inteligência tem os seus limites, a estupidez não” (Claude Chabol, cineasta francês) "Apenas duas coisas são infinitas - o Universo e a estupidez humana, e no que respeita ao Universo não tenho grandes certezas". Albert Einstein (Consultor Científico para os Prémios Darwin)

Leis da Estupidez Humana por Carlo Maria Cipolla (Pavia, 192220 de setembro de 2000)

foi um historiador económico e medievista italiano.

Primeira: "cada um de nós subestima sempre e inevitavelmente o número de indivíduos estúpidos em circulação". Segunda: "a probabilidade de uma certa pessoa ser estúpida é independente de qualquer outra característica dessa mesma pessoa". Terceira: a pessoa estúpida é aquela "que causa um dano a outra pessoa ou grupo de pessoas, sem que disso resulte alguma vantagem para si, ou podendo, até, vir a sofrer um prejuízo".Quarta: "as pessoas não estúpidas subestimarem sempre o potencial nocivo das pessoas estúpidas",  ou

de outro modo, "os não estúpidos esquecem-se constantemente que em qualquer momento, lugar e situação, tratar e/ou associar-se com indivíduos estúpidos revela-se, infalivelmente, um erro que se paga muito caro". Quinta:  "a pessoa estúpida é o tipo de pessoa mais perigosa que existe".

 

Perfeição
Legião Urbana
Composição: Renato Russo

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
Crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar eros e thanatos
Persephone e hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer da nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso
Com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção

Venha, meu coração esta com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça:
Venha que o que vem é perfeição...


PARA LER:


- Breve Introdução à História da Estupidez Humana,  Walter B. Pitkin, publicado em 1934. No Livro de 300 páginas, ao final consta, "Epílogo: agora estamos prontos para começar a estudar a Historia da Estupidez".


- Cipolla, C.M. Allegro ma non troppo: Les lois fondamentales de la stupidité humaineParis: Balland, 1992.  

 

 


A Loucura? Segundo o dicionário Houssais, a loucura pode ser definida como "disturbio ou alteração mental caracterizada pelo afastamento mais ou menos prolongado do indivíduo de seus métodos habituais de pensar, sentir e agir". A loucura propiciou e, ainda o faz, uma enorme celeuma entre várias ciências. A filosofia defende que o enfoque da loucura depende da sociedade em que se está inserido, do momento histórico e da cultura vivida. Em pleno Renascimento, Erasmo de Roterdã (por ter nascido na Holanda), cujo nome verdadeiro era Desidério Erasmo (1469 – 1536) publica em Paris no ano de 1511 a célebre obra “ O Elogio da Loucura”, escrito em latim (“Encomium Moriae”). Trata-se de uma obra filosófica divertida já, que o autor usa sátira em seus 68 capítulos.

 

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos pelos que não podiam escutar a música." (Nietzsche)

"A marca de sua ignorância é a profundidade de suas crenças na injustiça e na tragédia. O que a lagarta chama de fim do mundo, o mestre chama de borboleta" (Richard Bach)

 PARA LER:

www.dominiopublico.gov.br  - Elogio da Loucura / Erasmo de Roterdã

-  Na internet visite:   http://www.estamira.com.br

- Filosofia:  FOUCAULT, Michel; “ História da Loucura”; Ed. PERSPECTIVA

- Andrade, Daniel Pereira; " Nietzsche - A experiência de si como Transgressão"; Ed. Annablume.

- Manning, BRENNAN; "Convite à loucura"

 

 


A GUERRA?  Vocábulo que deriva do  do germânico werra — grito de combate —, que dá, no baixo latim, guerra, no francês, guerre, no alemão, wehr, no inglês, war, no espanhol, no português e no italiano, guerra.  A guerra enquanto fenômeno social dá-se praticamente em todas as sociedades, desde as mais arcaicas às mais modernas, em todas as civilizações e em todas as épocas. Tamanha é a Constancia histórica  e a  universalidade que sua percepção fácil torna-se fácil e intuitiva. Quando temos que defini-la com rigor, começam as dificuldades. Acontece-lhe algo de semelhante àquilo que Santo Agostinho diz a respeito do tempo: «Se não me perguntam, sei o que é; se me perguntam, deixo de o saber.»   Surge então uma grande variedade de definições dependente da perspectiva em que se coloca o analista, da amplitude do fato e da adequação a  determinado fator explicativo.  A explicação Helênica entende como uma “lei Divina” imanente, representada pelo deus Ares. Para os germânicos, a teoria do filosofo Heráclito de Efeso, que declara “ o combate pai de todas as coisas e de todas as coisas rei”, materializada no deus Votan na época de Heráclito, é a mais completa.  Para Thomas HOBBES, trata-se de um “estado de natureza”,  dobellum omnium contra omnes. HEGEL, diz ser  «a guerra o momento em que a idealidade do ser particular recebe aquilo que lhe é devido e se torna realidade».  Hegel vê na guerra. «o motor da História».

Como  a «lei divina» transcendente: assim, v. g., em certas passagens da Bíblia, em que a guerra é justificada ou como castigo do pecado ou como modo de obedecer ao preceito de Deus, na mesma linha a «guerra santa» do Alcorão.

Famosas as definições de von Clausewitz, repetidas, quase um século mais tarde, por Lenine e Mao Tsé-Tung: «A guerra é uma simples continuação da política por outros meios» (De Ia guerre, trad. fr., Paris, 1955, p. 67) e: «A guerra é um acto de violência destinado a obrigar o adversário a fazer a nossa própria vontade» (ibid., p. 51).

filosofia da guerra  pretende examinar a guerra como fenômeno, além das questões típicas de armamento e estratégia, ela trabalha outros campos, como o significado e a etiologia da guerra, a relação entre a guerra e a natureza humana, bem como a ética da guerra. No caminho filosófico da reflexão e aprendizado, torna-se inevitável a sobre posição com outros campos filosoficos - como a Filosofia da História, Filosofia Política e Filosofia do Direito.

 Site Interessante: http://www.2guerra.com.br/sgm/index.php?option=com_content&task=view&id=143&Itemid=29

 Em Inglês:

 

 http://www.iep.utm.edu/w/war.htm

 

 http://plato.stanford.edu/entries/war/

 

 http://www.knox.army.mil/asl/list_philo.htm

 

 http://www.nonresistance.org/literature.htm

 

 

PARA LER:

- Carl Von Clausewitz, Da Guerra,Martins Fontes, 

- R. Aron, Les Guerres en chaîne, Paris, 1951; id., Espoir et peur du siècle, ibid., 1957; id., La société industrielle et Ia Guerre, ibid., 1959; 

- Para ler agora: SUN TZU - A ARTE DA GUERRA  http://www.suntzu.hpg.ig.com.br/cap0c.htm

• O Príncipe - NICOLAU MAQUIAVEL (NICOLO MACHIAVELLI)
• O Pequeno Príncipe - ANTOINE DE SAINT-EXUPERY
• A Arte da Guerra - NICOLAU MAQUIAVEL (NICOLO MACHIAVELLI) 
• Biografia de Nicolau Maquiavel - ROBERTO RIDOLFI 
• Sun Tzu: Estratégia de Vendas - GERALD A. MICHAELSON e STEVEN W. MICHAELSON 
• Arte da Guerra de Sun Tzu & a Arte do Amor, A - GARY GAGLIARDI 
• Compreender e Aplicar Sun Tzu - PIERRE FAYARD
• Sun Tzu: Estratégias de Marketing GERALD A. MICHAELSON STEVEN W. MICHAELSON
• Sun Tzu Era um Maricas STANLEY BING 
• Arte da Guerra para Mulheres, A - CHIN-NING CHU 
• Arte da Guerra para Advogados, A - DIEGO RICHARD RONCONI 
• Google Adwords a Arte da Guerra: a Batalha nos Links Patrocinados - RICARDO VAZ MONTEIRO
• Sun Tzu e a Arte da Guerra Moderna - MARK MCNEILLY 
• Sun Tzu para o Sucesso - GERALD A. MICHAELSON e STEVEN W. MICHAELSON 


 

 

 

 

A Utopia ? Mais para quimera ou fantasia. Thomas More (1478 – 1535) publicou “Utopia”, onde se

deleita a imaginar uma sociedade perfeita. A obra é pouco conhecida, mas interessante foi o nome

da obra que tem origem no grego onde “U” = Negação, Não; e “topos” = lugar, local. Assim lugar

inexistente, ironiza a idéia de uma sociedade perfeita. A obra de More apresenta-se em dois volumes,

no primeiro crítica a Inglaterra de sua época; no segundo relata a sua viagem á Utopia, como

alternativa a realidade que vivia. Esta idéia de More não é original e remonta ao século 428 a.C.,

quando Platão na obra “ A República” expõe o que entende como uma cidade perfeita.  Na seqüência

histórica, temos  “A Cidade do Sol” de 1602, escrita por Tommaso Canpanella – Italiano (1568-1639).

E mais recentemente “Walden 2” publicada em 1948 por B.F. Skinner (psicólogo) que viveu entre

1904 e 1990, tendo fundado o Behaviorismo. Na vida moderna muitas pessoas vivem na "utopia" de

que são melhores, de que são especiais, de que são escolhidas, de que são dignas, de que são

honestas, são legais, de que o mundo as observa, de que nada irá lhes acontecer, de que podem,

de que não podem, que foi uma injustiça, que foi justo, de que valeu a pena, de que não valeu a pena.

Utopia é um sonho vivido pelos que não acordaram ainda...sofrem mais por terem mêdo da verdade,

aceitá-la e, a partir dela como base alçar vôo em direção aos seus interesses.

Veja que Notícia: "Depois de Florença, Campinas. O II Congresso Internacional de Estudos Utópicos

vai reunir na Unicamp, de 7 a 10 de junho, docentes, pesquisadores e estudantes de 11 países e de

36 universidades. Segundo o professor Carlos Eduardo Berriel, coordenador do evento e do Centro de

Estudos Utópicos do Instituto de Estudos da Linguagem (U-TOPOS/IEL), o congresso busca delimitar

a natureza literária da utopia e demarcar as modalidades de sua definição enquanto gênero. “Trata-se

de definir o gênero como ponto de chegada crítico, localizando-o dentro da História concreta,

deduzindo-o de forma sintética”. Nesta entrevista, Berriel faz um apanhado histórico da utopia e fala

sobre seu papel nos dias de hoje."(2009 - http://www.vidauniversitaria.com.br/blog/?p=25357)



PARA LER:

- Armand, MATTELART; " História da Utopia planetária"

- Em Inglês:  http://books.google.com.br/booksid=pRxxnh3KTJYC&dq=utopia&printsec=

frontcover&source=bn&hl=ptBR&ei=T8tdSuzSE8bAlAe5r5zuDA&sa=X&oi=book_result&ct=

result&resnum=4

- Comentário sobre a obra acima, em português: http://www.klepsidra.net/klepsidra5/utopia.html

-  http://br.geocities.com/sidereusnunciusdasilva/utopia.htm

-  http://www.olavodecarvalho.org/textos/huxley.htm

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/5177.pdf     Muito Bom!

http://www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=15289&id_noticia=154


 

O Humanismo? Movimento literário e filosófico nascido na Itália em meados do século 14, tendo

se difundido pelos demais países da Europa, sustentando a ideológia do Renascimento. Trata-se

de reconhecer o homem  em todos os seus valores, inserido no mundo da natureza e na história.

Vendo o homem como a união de corpo e alma. Necessidades físicas e psíquicas a serem atendidas

em meio a inarredável contigência da coexistência social.


PARA LER:

-  http://www.geocities.com/Athens/4539/humanismo1.htm

- HEIDEGGER, Martin; "Carta sobre O Humanismo"; Ed. Guimarães Editores

http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/articles/article.php?id=33

Roland H. Bainton; "Erasmo da Cristandade" 385 págs., Ed. Calouste Gulbenkian, tel. (11) 3107-0017 (Livraria Portugal, importadora)

http://books.google.com.br/books?id= rwLpGOR3fYC&pg=PA41&lpg=PA41&dq=humanismo+filosofia&source=bl&ots=

Um1IqoF6L4&sig=uyL8X37svHs42U_z2Z9mB42x51w&hl=pt-BR&ei=iNJdSsiIIpPAlAeF1rDrDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=6

- MARITAIN, Jacques. "Princípios de uma política humanista", Rio de Janeiro: Agir, 1960

 


 


A Religião?  Religião deriva do termo latino RE LIGARE que significa religação com o divino.

Essa definição engloba qualquer forma de pensamento místico e religioso, abrangendo seitas,

mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como

característica fundamental um conteúdo metafísico, ou seja, para além do mundo físico e

tangível. A Religião é um fenômeno humano que resulta da cultura, estando presente em

todas as fases da vida humana na terra.  Segundo estudos históricos, antropológicos,

sociológicos e outros, em todos os momentos o agrupamento humano defendia algum tipo

de crença religiosa. O tema é por demais espinhoso, posto que a religião em muitas vidas,

dita as regras do viver, agir e pensar. Atualmente encontramos 05 (cinco) grandes correntes

religiosas, que se manifestam em diversos grupos, igrejas, filosofias ou crenças; são elas:

ISLAMISMO, BUDISMO, HINDUÍSMO, JUDAÍSMO e CRISTIANISMO.

PARA LER:

-  SCHURÉ, Édouard. Os grandes iniciados: esboço da história secreta das

   religiões. São Paulo, IBRASA, 1985;

-  UBALDI, Pietro. A grande síntese. Campos dos Goytacazes-RJ, Instituto Pietro

   Ubaldi, 1999;

 - KARDEC, Allan. Obras completas de Allan Kardec. São Paulo, Opus, 1985;

 - CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. São Paulo, Palas Athena, 1990;

-  Swami Vivekananda;  “O que é Religião” – Trad.  Adelaide Petters Lessa;

   Ed. Lótus do Saber, RJ.

- Sobre o ISLÃ visite:  http://www.islamreligion.com/pt/

 


A BELEZA ?   A beleza teve um lugar considerável na filosofia e na evolução histórica da noção de arte. Uma questão

fundamental sobre seu tema consiste em perguntar se o belo está na coisa ou no sujeito que o contempla, de tal

maneira que a história das concepções da beleza parece flutuar de uma a outra dessas posições. Os gregos, na

Antiguidade, introduziram a primeira tese, pressupondo que o belo é uma característica das coisas belas e que certas

proporções são belas por si mesmas. Ospitagóricos (século VI ao IV a.C.) descobriram que em todas as coisas há uma

relação matemática, e, portanto, numérica. Não usavam o termo “beleza”, mas antes aquele de “harmonia”, que estava

ligado ao número, à medida e à proporção. A sua concepção influenciou a arte grega e atingiu particularmente a música.

Um outro fato do conhecimento dos pitagóricos era a relação do número de ouro, uma proporcionalidade que é

encontrada na natureza e que também garante a harmonia das obras plásticas, quando entre o todo e a maior parte

há a mesma relação que entre a maior e a menor parte, correspondendo a 1,618. É certo que os arquitetos e os

escultores gregos empregavam esta relação nas suas criações.

Platão (428-347 a.C.), no diálogo Hípias Maior, visa responder à questão sobre o que é o belo, qual a sua essência, e

o texto examina diversas possibilidades de definir o belo, como harmonia, em função do bem, e em função do prazer, e

ao final é preciso admitir que nenhuma definição é suficiente. Essa indecisão é reconhecida no dito: “as coisas belas são

difíceis”, que fecha o diálogo. O texto do Filebo indica que a beleza consiste na medida e na proporção. Nos diálogos

posteriores, o belo é apresentado por Platão como ideia, que forma uma tríade com o bem e o verdadeiro. As coisas não

são belas por si mesmas, mas são somente uma apresentação (aparência) da ideia do belo. OFedro encara a beleza como

a única, entre todas as ideias, que tem afinidade com as coisas visíveis, pois ela mesma oferece-se à visão e mostra-se

com mais clareza no que é visível e atrai por si mesma o nosso amor; as outras ideias, ao contrário, são compreendidas

através do nosso esforço. De modo que a clareza e a atração estão na própria essência da beleza. A beleza visível nos

convida a uma mudança do olhar sobre as coisas e o mundo, semelhante à mudança que a filosofia nos conduz da

percepção das coisas para a compreensão das suas essências (ideias). OBanquete menciona que a contemplação das

coisas belas torna possível e prepara a ascensão da mente, como em escada, passando dos belos corpos à beleza dos

corpos universalmente, depois às belas ocupações, às belas ciências, ao belo supranatural e, enfim, à essência

(ideia) do belo.  A posição de Aristóteles (384-322 a.C.) sobre a questão da beleza e da arte é oposta a de Platão.

Este último havia elaborado uma crítica à imitação, tendo como fundo a questão da verdade na arte. Ele, de fato,

considerava que a arte não implica o conhecimento. O artista não imita o ser verdadeiro (a ideia) de uma coisa, e sim a

sua aparência. Não conhece aquilo que produz e imita; por exemplo: o pintor representa uma cama e ignora como se

fabrica a cama; o poeta entoa uma canção à cura e ignora como se cura o doente. A arte contenta-se, portanto, com a

aparência das coisas, e não com o que é verdadeiro. É incapaz de nos tornar melhores. Aristóteles, da sua parte, afirmou

a legitimidade da imitação e da arte. O livro daPoética aponta duas tendências naturais do ser humano: a tendência a

imitar, que nasce conosco e nos diferencia dos outros animais; e a tendência a ter prazer com as imitações. Na origem do

belo e da arte, estão essas duas tendências naturais. A arte, em vez de ser inferior à natureza, como queria Platão, tem

uma origem natural. O enunciado do livro da Física: “a arte imita a natureza”, não significa que ela reproduz a natureza,

mas que ela produz como a natureza. Aristóteles cita como características do belo: a ordem, a proporção exata e a

limitação, que são demonstradas especialmente nas matemáticas. Na Poética, exprime uma definição reduzida e indica

que o belo, seja um ser vivo ou outra coisa constituída de partes, reside na ordem e no tamanho. Não poderia ser belo

algo pequeníssimo, porque a visão confunde-se quando exercida em um tempo quase imperceptível, nem algo

grandíssimo, porque a unidade e a totalidade da coisa escapariam ao olhar. Por isso, os seres vivos e os corpos devem

ter um tamanho que a visão possa abranger facilmente. Da mesma forma, na tragédia, as histórias devem ter uma

extensão que a memória possa reter com facilidade. FONTE:    Andrey Ivanov Arquiteto e Professor do Departamento de

Filosofia da UNESP  http://www.jornaljovem.com.br/edicao15/convidado12.php

 

 

"Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa,

a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido." Leonardo da Vinci

"A lei suprema da arte é a representação do belo." Leonardo da Vinci

 

 

 

 

PRA LER:

- UMBERTO ECO -- Arte e Bellezza nell ‘Estetica Medievale – Bompiani, Milano, 1987.

- BURKE, Edmund. Uma  investigação filosófica sobre a origem de nossas idéias do sublime e do belo.

[Tradução de Enid Abreu Dobránsky] Campinas: Papirus, 1993.

- HEGEL, Georg Wilhelm."Estética: o belo artístico ou o ideal", in: Os pensadores. [Tradução de Orlando

Vitorino] São Paulo: Nova Cultural, 1988.

-  Gonçalves, Márcia Cristina Ferreira; O Belo e o Destino — Uma introdução à Filosofia de Hegel.

São Paulo: Edições Loyola, 2001.

 


 

 

 

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